Governo pretende privatizar parte dos patrimônios brasileiro

Nesta quarta-feira (23) foi anunciado pelo governo federal, que pretende privatizar a Casa da Moeda, órgão que confecciona as notas de real, passaportes brasileiros, selos postais e diplomas.
 Hoje a Casa da Moeda está vinculada ao Ministério da Fazenda, pode ser que o leilão ocorra no final de 2018.



O plano que faz parte do Programa de Parcerias de Investimento (PPI), é discutido, dentro do governo Michel Temer, as concessões e privatizações.

Foi divulgado nesta quarta-feira pelo PPI, um calendário prevendo uma série de ações voltadas para leilão de novos bens públicos, como aeroportos, rodovias e terminais portuários. O objetivo do governo com essas privatizações é tentar cumprir a meta fiscal.
O ministério de Minas e Energia já havia anunciado nesta semana a privatização da Eletrobrás, através da venda de parte das ações que pertencem hoje à União.
Foi colocado à venda o para concessão rodovias, aeroportos, rodovias, terminais de cargas, loteria, usinas hidrelétricas e inclui até à casa da moeda.
Todos os projetos chegaram a 57 a maior parte são os aeroportos que são 18

No G1 foi destacado locais onde o governo pretende leiloar

Nas Rodovias:
O governo pretende leiloar um trecho de 806 quilômetros da BR-364, entre Porto Velho, em Rondônia, e Comodoro, no Mato Grosso.
Na BR-153 vai ser relicitado um trecho de 634 Km, entre Anápolis no Goiás e Aliança do Tocantins
A pretensão é realizar o leilão no último trimestre de 2018.
Terminais portuários
O Ministério dos Transportes propôs ainda a concessão de 15 terminais portuários, que são áreas dedicadas a movimentação de carga nos portos.
Os terminais que irão a leilão ficam nos portos de Belém (GLP e granéis líquidos), Vila do Conde (granéis líquidos), Paranaguá (grãos) e Vitória (granéis líquidos).
A proposta do governo também inclui a prorrogação antecipada do terminal de fertilizantes do porto de Itaqui e a autorização para ampliação de capacidade do Terminal Agrovia do Nordeste, no porto de Suape. Os leilões estão previstos para 2018.
Aeroportos e controle aéreo
O PPI confirmou a previsão, já anunciada pelo governo, de que novos aeroportos sejam leiloados no segundo semestre do ano que vem. De acordo com documento divulgado pelo PPI, o Ministério dos Transportes propôs a concessão de 12 aeroportos, em dois blocos regionais:
·                   Bloco Nordeste: Maceió, Aracaju, João Pessoa, Campina Grande, Juazeiro do Norte e Recife.
·                   Bloco Centro-Oeste: Cuiabá, Sinop, Alta Floresta, Barra do Garças e Rondonópolis.
Energia elétrica
Consta ainda da lista o leilão de 11 lotes de linhas de transmissão de energia, além de subestações. São novas estruturas, que serão construídas pelas empresas vencedoras dos leilões e que vão ampliar a rede de transmissão de energia do país.
Os lotes estão distribuídos em dez estados: Bahia, Ceará, Pará, Paraná, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Minas Gerais e Tocantins.
Eletrobras
Sobre a Eletrobras, o governo informou que a redução da participação do governo na empresa será feita por meio de emissão de papéis pela estatal, sem subscrição da União, que, com isso, perderá o controle acionário.
De acordo com o governo, a venda injetará "expressivos recursos" no Tesouro Nacional, mas também proporcionará a "modernização de processos, o aumento da eficiência e melhoria da governança, sem que as tarifas sejam afetadas."
Meta fiscal e crise econômica
O governo conta com a verba extra que virá das concessões e privatizações para elevar suas receitas e conseguir fechar as contas em 2018.

Segundo analistas, com a queda dos juros neste ano e o reforço do PPI, a expectativa é de que as parcerias com o setor privado avancem nos próximos anos e ocupem um espaço maior no setor de infraestrutura.

Comentários